quarta-feira, 17 de julho de 2019

O único sentido desse texto é para comprovar que eu não tomei a decisão errada…




Era uma tarde de novembro, ela parecia angustiada e sem norte, seu rosto refletia um profundo pesar. Inciado o pregão, a petição é lida e antes do ato ser concluído, em vão era o esforço em conter as lágrimas. O momento era de emoção, dali, acreditava ela, seria um divisor de águas na sua vida.
Após a leitura incial, um silencio de cerca de 3 segundos pairou pela sala, o juiz olha para as partes e pergunta se há algum acordo, a mãe da criança logo se pronuncia: o filho é meu e eu não dou o direito de visita.
Nesse momento aquelas lagrimas sutis se tranforma em um choro quase incontrolável!
- tragam uma água para esse senhora, pediu o juiz. Com a voz embargada ela agradece, quase não podendo mais falar…
prosigamos disse o juiz.
Bem, trata-se do direito de visita da menor de 5 anos a residência de sua avó paterna… Excelência eu não aceito… aqui a senhora só fala quando eu autorizar interrompeu o juiz aquela mãe com voz em tom de autoritarismo!
Pois bem, continuando os trabalhos a Sra. M.F.S.A informa no autos que tentou sem sucesso de acordo ter o direito a convivencia com sua neta a menos G.B.S.F, que a mãe impede de a mesma manter qualquer tipo de aproximação com a menor, que isso já foi e ainda continua sendo fruto de muitos conflitos e injustiças, tendo inclusive prejudicado no desenvolvimento escolar, social, fisico e emocional da menor.
Consta ainda nos autos a informação de um tragico fim do relacionamento entre os pais da menor que por conta desse evento a menor teve se se mudar para a casa da avó materna, local onde também mora a sua genitora.
Inquieta e demonstrando ansiedade para falar, o juiz da a oportunidade para a mãe da menor se manifestar. Sra. F.G.F.B o que justifica toda essa situação?
A mãe fala descompensadamente alegando acusações diversas acerca de fatos envolvendo a menor, o pai e a avó paterna. Uma fala pesada, sem objetividade, cheia de mágoas, rancores e o pior, sem muito fundamento e nexo, enquanto isso a avó amparada pelo filho tenta conter as lágrimas.
A senhora consegue falar? Pergunta o juiz a avó paterna da menor?
Excelência, é um momento muito difícil para mim, quando soube da vinda da minha neta, minha vida passou a ter outro sentido, estávamos passando por um momento doloroso em família, ela veio para coroar a nossa felicidade, e não é exagero dizer que ela é um dos meus sentidos para viver. Tenho até hoje o quartinho dela todo decorado lá em casa, sabendo que tenho tanto amor para acolhê-la, fico triste e desapontada quando tenho noticias de que ela estive triste, que queria me ver, visitar a vovozinha, saber que por diversas noites ela esteve na ausência do pai e da avo paterna enquanto a mãe, de forma até justa, estava se divertindo, mas tirando o direito da própria filha de conviver com seus lacos familiares mais próximos de amor. Tenho vínculos profundos de amor com minha neta. Ela é uma criança muito especial para nos. E juntas aprendemos sobre a natureza, passeios, bordado, cozinha, eu tenho muito orgulho em dizer que foi através dessa convivência que ela inciou os seus primeiros aprendizados escolares, então é muito difícil acreditar que esse sonho acabou por conta de um capricho, orgulho, magoas de um fim de relacionamento entre os pais da minha doce netinha que nada tem a ver sobre tudo isso, sendo tão somente vítima dos fatos das quais nada tem poder, e nada podemos fazer diante de um fim de relacionamento, senão tentar aceitar o fim, recomeçar a vida e respeitar os sentimos de amor.
Tudo que eu mais quero é a minha netinha de volta!

Continua na próxima audiência…




O único sentido desse texto é para comprovar que eu não tomei a decisão errada…

Eu: em 17-07-2019 – sentindo uma profunda tristeza nesse exato momento nas horas 14 e 49 minutos – pensando em desistir de tudo...